Promotor
Fundação Bracara Augusta
Sinopse
50 TONELADAS, de Carlota Lagido
Uma experiência sobre a cor preta.
O preto tem 50 tons reconhecíveis. Comporta uma série de apropriações simbólicas que se foram transformando e tomando diferentes significados ao longo dos tempos. É uma cor de adjectivações antagónicas. Se por um lado o preto é a cor do protesto e do Anarquismo, é simultaneamente a cor do Fascismo. Até ao século XIX foi a cor das noivas, dado que o preto era o mais adequado para o aspecto negocial que envolvia qualquer casamento na altura. Preto é a cor associada ao mal, mas no entanto, é a cor clerical. Na Espanha da Inquisição, as pessoas vestiam-se de preto de forma a deixarem sobressair a expressão, sendo assim possível controlar qualquer movimento facial denunciante. O preto é também a cor da morte e do fim. Na natureza, todos os elementos, nos seus processos de decomposição, se transformam numa matéria negra. É a cor dos medos nocturnos. Preto é a cor utilizada para nomear a dita “matéria negra”, teórica, da Astrofísica. É a cor do vácuo. É também a cor do princípio de tudo.
Nesta residencia artística pretende-se explorar a temática geradora do espectáculo 50 Toneladas, procurando desta vez outras abordagens, resultantes da participação directa dos alunos e alunas da escola Arte Total.
Este espectáculo estreou em Janeiro de 2016, no ambito do Temps d'Images Lisboa e tem apoio da DGARTEs, Governo de Portugal. Contou com a participação de Tiago Vieira, Carlota Lagido e Antoine Pimentel.
Ficha Artística
Orientação: Carlota Lagido
Vídeo, ambiente sonoro: Antoine Pimentel
Recriação e Interpretação: alunos da Arte Total